terça-feira, 27 de março de 2012

Alforges, Mochilas ou Atrelado?


Parece-me uma escolha bem difícil.
Quando pensei em fazer o Caminho, uma das ideias que sempre tive foi levar um atrelado, não me apetecia levar nada às costas, com receio do aquecimento que as mochilas podem provocar e o consequente suor a escorrer, que se poderá traduzir num elevado desconforto para quem pretende efectuar cerca de 700Kms. Em relação aos alforges, pelas noções que tinha, estes desiquilibram muito e é necessária alguma habituação.

Inclinava então mais para o reboque não sei bem porquê, cativava-me a ideia de levar um "apetrecho" com a carga e poder pedalar livremente, mas ao mesmo tempo sabia que nas subidas mais técnicas iria ser complicado. Fartei-me de ler, acompanhar blogs e fóruns acerca do assunto e vi várias hipóteses no mercado como o Extrawheel que deve ser fantástico, com roda 26 e que me parecia o mais adequado em termos de preço/qualidade. Existem outros como o monoporter da Weber que tam
bém é interessante, mas com um valor mais elevado, assim como o Yak ou o Ibex da B O B.

No blog de um casal português - 2numundo que se encontra a fazer o percurso entre Ovar e Macau em bicicleta - projecto Eurásia, podem ver as dicas sobre atrelados para bicicletas, uma vez que eles utilizam 2 de uma das marcas acima descritas. Podem ler aqui.

No entanto, continuava indeciso, e na Festibike de Santarém, contactei também alguns importadores de alforges de marcas conceituadas no mercado como a Ortlieb, a Vaude etc, mas também tornava-se complicado, até porque a minha bike é de suspensão total e poucos suportes são adequados, devido à suspensão traseira que possuo ser do tipo monopivot. Uma das hipóteses era a do suporte no espigão, mas depressa fugi dessa ideia, devido às histórias que fui lendo e ouvindo.
Assim teria mesmo que optar pelo atrelado ou pela mochila. Após o conselho de um amigo que já anda nestas andanças há algum tempo, com o Transportugal, Caminho Português, Francês e os Pirinéus no currículo, indicou-me que para este trajecto, uma mochila de boa qualidade, com bastante entrada de ar, entre os 20lts e os 30lts seria suficiente. Optei então pela escolha da mochila em detrimento do reboque, até porque a diferença de valores entre ambos é alguma, e a troika anda a apertar o cerco. Um dos meus colegas nesta aventura, o Nuno Abreu, já me tinha dito que pretendia levar também uma mochila e que esta lhe parecia a melhor hipótese.

Dito e feito, e iniciei a pesquisa para a escolha da mochila. Preferia gastar mais alguns euros, mas adquirir um produto que tivesse alguma qualidade e que fosse confortável acima tudo. Existem diversas ofertas no mercado, mas optei pela mochila da Osprey, marca Norte-Americana e com provas dadas neste meio. A escolha recaiu no modelo Escapist de 25Lts, que me parece que seja o ideal para uma utilização de vários dias, durante esta Odisseia. Ainda não a vi "ao vivo", mas pelo que apurei é uma mochila fantástica, com uma base rigída nas costas com diversas entradas de ar assim como na zona de aperto na cintura. Possui ainda diversas bolsas, interiores e laterais, úteis para acesso rápido ao telemóvel e a barras energéticas. No interior podemos ainda encontrar uma bolsa separada para o reservatório de água (adquirido à parte, pode ser de 2 ou 3 Lts dentro da mesma marca). Existe ainda um opção para juntar o capacete, que será muito útil para quando terminarmos cada etapa e ainda espaço para a colocação de luzes de sinalização. No caso de começar a chover, poderemos utilizar a capa de chuva que se encontra no fundo da mochila.
Em resumo, espero ter efectuado a melhor opção, mas com certeza que só o conseguirei dizer no final.

Aguardo esta semana a chegada da mesma. Estou em "pulgas" :)

De qualquer forma com este post, não pretendo induzir ninguém em erro , pois o que poderá ser o ideal para mim, poderá não ser a melhor opção para outros. Provavelmente ainda vos confundi mais na hora de optarem, mas faz parte ;)...aconteceu-me a mim!

Com uma escolha ou outra, o que é importante é sentirem-se bem e avançarem para o Caminho, quer seja com mochila, alforges ou atrelado.

Vemo-nos lá.



Sem comentários:

Enviar um comentário